segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A sociedade do Espetáculo





Olá pessoal!!

Neste post vou falar sobre o filme “Sociedade do Espetáculo” de Guy Debord, baseado em seu livro com esse mesmo nome, onde foi publicado pela primeira vez em 1967.

Debord é um autor de inspiração marxista que hoje pode dar uma contribuição válida para a análise do capitalismo globalizado e pós-moderno. Neste filme (livro) nos mostra que nossa sociedade se baseia no consumismo, onde vivemos de imagens, marcas, mercadorias, sendo cada vez mais, pessoas com uma dependência do irreal, onde somos subordinados por aquilo que não vemos, ou seja, não temos mais o contato direto com o ocorrido.

Esse mundo que estamos vivendo, onde tudo está girando em torno da tecnologia, os nossos ideais estão cada vez mais sendo manipulados pelos meios de comunicação, sem que nós percebamos. E a relação social de pessoa com pessoa está cada vez mais se distanciando. Percebemos isso até mesmo nas brincadeiras das crianças, que antes tinha uma relação mais próxima entre elas, maior contato social, hoje isso ocorre inversamente, pois a maioria dos brinquedos são digitalizados, então a interação que ocorre é de humano-computador, tirando a relação humano-humano, onde é mais representativo à realidade, e o contato social vai perdendo seus ideais.



Na área do design tanto favorece quanto desfavorece essa obsessão pela imagem. Dependendo do trabalho, os designers buscam mostrar a qualidade do que foi feito, mas a sociedade busca marcas e não se preocupam sobre como foi produzido esse objeto, sua consistência, e também muito obras era desenvolvida para ter uma interação mais concreta, e hoje com computadores, meios digitais a maioria das obras só podemos ter um simples olhar, pois elas estão cada vez mais digitais, passando de um monitor para seus olhos. Mas como todos os designers trabalham bastante a parte exterior da obra, e nossa sociedade esta com tal “vício” a imagens, favorecem um pouco nessa parte do trabalho.

Entrando um pouco mais afundo na mídia, ao olharmos alguma notícia na TV podemos ter em mente que não somos os primeiros a receber a notícia, pois ao passar por todo caminho já tiveram várias pessoas antes de você a ver determinado assunto. E uma das coisas mais curiosas que devemos imaginar, é o fato de não saber se tal notícia é real, pois é apenas uma imagem, não podemos tocá-la, e isso nos leva a essa incógnita.

Outro fato importante que o filme (livro) aborda, é o jeito que os países, através de espetáculos (imagens que trazia a alegria do povo) escondiam sua realidade socioeconômica da sociedade. Isso acontece quase em todos países, um exemplo aqui no Brasil, é quando mostra alguma reportagem do Rio de Janeiro ou até mesmo em novelas. As imagens são as mais bonitas possíveis, sem mostrar a parte crítica em que a cidade está vivendo, levando para a sociedade, que está tudo em perfeitas condições no nosso país, sendo uma ilusão.

Isso nos revela um mundo “Imageinativo”, onde vivemos de espetáculos para os nossos olhos, baseado do abstrato, ou até mesmo imagens manipuladoras, e ficamos sem saber até que ponto podemos acreditar.

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